tag:blogger.com,1999:blog-10170591590773155672024-03-14T05:46:48.897-04:00Este dia, agora.Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.comBlogger340125tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-52272833890003031762022-04-23T15:31:00.002-04:002022-04-23T15:31:18.603-04:00Entre para o eterno arrependimento <p> Gran (quase) finale</p><p>_ Veja! Admira sua despedida?</p><p>Ouço perplexo, a voz que ousara duvidar ter realmente existido, não pode ser</p><p>real. Nada mais faz sentido. O que eu fiz?</p><p>_ Sua morte, não era seu plano? Concluíste eficazmente. Só tenho o prazer de</p><p>dar essa espiada contigo aqui nos bastidores.</p><p>_ Com todo respeito, vai se fuder! Que morto volta a sua casa, acorda, quer ir ao</p><p>banheiro, vê TV e dorme de novo?</p><p>_ João, João... só pessoas como você me fazem perder o que chamam de tempo</p><p>para dar o que chamam de explicação para o que vocês querem de respostas. Não tem</p><p>muito mistério. Tudo acontece ao mesmo espaço de universo, poderia colocar dessa</p><p>forma, talvez. A sua escolha pela finalização daquele período da vida, foi uma</p><p><br /></p><p>inesperada reviravolta nos meus planos para você. Os seus bilhetes, que eram meus na</p><p>realidade, tinham as coordenadas para uma outra etapa de desenvolvimento naquele</p><p>período digamos, desértico, da sua vida. Mas, a ociosidade misturada ao egoísmo e</p><p>mediocridade moral da sua pessoa resultaram nisso.</p><p>_ Quero voltar! Agora! Não me mato, faço tudo de novo, trabalho sabatinante,</p><p>rotina insípida, família, etc. Só não aguento esse modelo mental de existência sem</p><p>materialidade, ou falsa materialidade, que pôs minhas descrenças em jogo, minha</p><p>coragem inabalável nessa linha ridícula de olhar por fechaduras e ver essa gente inútil</p><p>sorrir sarcasticamente a três metros do meu caixão.</p><p>_ Pois é! Passei por esta situação com Sócrates, negando ter tomado o veneno</p><p>por vontade própria, aquele animal racional e narcisista! Outros mais contemporâneos,</p><p>como seu amigo da guitarra, o loirinho, só reclamava das dores de estômago, enquanto</p><p>eu dizia para ele que já tinha arrumado um bom médico e omeprazol ajudaria, a filha</p><p>dele agradeceria depois...</p><p>_ Mas eu não sou nada! O que de grandioso poderia viver, bastava o tédio e a</p><p>resignação da minha solidão! Esse é o castigo dos suicidas?</p><p>_ Volte ao seu apartamento, leia o que “escrevemos”, ouça o recado de sua mãe</p><p>no celular, e veja o bilhete da menina que dormiu contigo umas noites antes da sua</p><p>decisão; mesmo que seja tarde e logo nos encontraremos aqui para ver seu enterro,</p><p>quero que saiba por que deixei alguns terremotos ocorrerem por tua causa.</p><p>-A mensagem da mãe: “filho, seu pai precisa de uma doação de medula</p><p>urgentemente, talvez você possa ajudar”</p><p>-O bilhete de Isa: “Voltarei quando quiser, nunca senti nada por ninguém como</p><p>senti por você aqui”</p><p>-Nossas palavras: “Ainda há tempo de mudar, basta acordar, não puxe o gatilho,</p><p>ainda.”</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-48488284655100422242022-04-18T13:22:00.002-04:002022-04-18T13:28:43.291-04:00Se a faca estivesse afiada<p> Já estava sendo costurado quando recebi a notícia de que a Gabi tinha ido embora. Agora
estava eu, com a camiseta cheia de sangue, entorpecido de analgésicos e com a dor da traição
daquela que era a causadora daqueles cortes espalhados pelos braços e mãos, que há poucas horas
segurava o violão que uma música composta para ela eu tocava. </p><p>Desde aquela manhã sentia algo errado, peguei a carteira de cigarro, tinha apenas um, fumei
depois do gole de café que tomei apressado, corri para não perder o ônibus, mesmo assim o perdi e
cheguei atrasado. </p><p>Marcamos de nos ver às 20h, ela daria um jeito de se livrar da mãe manipuladora e me
encontrar na casa do nosso amigo Ricardo. Eu contava os minutos, carregando aquelas caixas
pesadas no mercado, tentando lembrar da letra daquela música que fiz pra ela, tão delicada como
aquele rosto, tentando ser linda como aquela pele. </p><p>Passei a mão numa garrafa de vinho e me
apressei para sair do trabalho e pegar o violão de um amigo emprestado. O tempo rasgou o dia,
desci correndo a rua em direção a casa do Ricardo.
Na frente da casa dele eu vi de longe a Gabi, estava brigando com a mãe, não tínhamos
muita convivência, a velha me evitava, apesar de que eu sempre quis levar a relação a sério. </p><p>Ao me
aproximar, Gabi veio correndo me abraçar, com uma mala na mão, já me dizendo que foi expulsa de
casa. Eu até fiquei feliz, mesmo pobre, eu sabia que daria conta de nós dois.
Não perguntei sobre o que aconteceu entre elas, apenas abracei a minha menina, deixei o
violão no chão e beijei sua testa. </p><p>Ela quis entrar. Entramos, sentamos na varanda e Ricardo veio até
nós. Trouxe água, copos para o vinho. Toquei a música, antes declarei que era para ela, “Dona do
meu desejo”. Ela sorriu, mas contida, bebeu todo o vinho do copo, não pareceu prestar atenção. </p><p>Depois que terminei o show patético, esperei um beijo, comentários, mas ninguém se manifestou.
Ricardo acendeu um cigarro e entrou, Gabi foi logo atrás. Não entendi. </p><p>Ouvi um grito, que me arrepiou a
alma, corri até eles, Ricardo segurava os punhos dela. </p><p>Bati nele com o violão que eu ainda segurava.
Ele quebrou a garrafa e veio sobre mim. Não lembro de muito mais. Só da voz dela: “Deixa ele,
amor, vamos, Ricardo!” </p><p>Sei que vieram até o hospital comigo, disseram-se sobre um casal, deduzi.
Agora, dois anos depois, os movimentos das mãos voltaram, quero tocar uma música no velório de
duas pessoas, assim que encontrá-las. </p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-89354485695495773342022-04-01T23:10:00.000-04:002022-04-18T04:24:57.596-04:00Poesia por putaria<p> Cláudia se casou aos 20 anos com Nilton, eles se conheceram um ano antes na casa de uma amiga em comum dos dois. A mesma amiga com quem eles inventaram de fazer uma aventurinha a três, no dia, Cláudia bebeu tequila pra dar coragem, mas acabou dormindo na banheira do motel, enquanto seu marido e a amiga aproveitarem bem a noite. </p><p>A farra foi tão boa que eles repetiram várias outras vezes, mas sem a presença da nossa protagonista.</p><p>Resumo da história: dois anos após seu casamento (que não era nada oficializado), a amiga estava deitada no sofá da sala, enquanto Cláudia era obrigada a arrumar suas coisas e ir para a casa dos pais, já que o traste do marido era dono da casa e chamou a amante pra morar com ele. </p><p>Antes de ir embora ela decidiu fazer uma pequena vingança, que não deu muito certo, subiu no muro pra cortar os fios de energia e telefone, acabou levando um choque, caiu e quebrou um braço e dois dentes da frente.</p><p>Ficou na casa dos pais ouvindo a mãe dar um sermão por hora durante sua recuperação, estava sem grana sem carro e sem dentes. Mas ainda tinha um pouco de maconha. </p><p>Uns meses depois voltou a estudar psicologia, tinha trancado a faculdade pra ajudar o marido a reformar a casa.</p><p>Ainda trabalhando como caixa de uma lotérica, ela conseguiu terminar seus estudos e parou de beber, fumar e sair com pessoas aleatórias. Achava que era hora de investir na carreira de escritora, mas não sabia como começar. Ela criou um blog, onde escrevia suas poesias e outras catarses. </p><p>Não era exatamente bonita, mas tinha seu charme. Arrumou um namorado que cantava numa banda de rock gospel e em pouco tempo estava apaixonada. </p><p>Foi morar com o segundo marido, que morreu dez anos depois. Tiveram um casamento muito conturbado, detalhes serão expostos num outro momento.</p><p>Já trabalhando como psicóloga, Cláudia tinha um salário bom, estava indo bem na época, mas acabou ficando depressiva e voltou para casa dos pais depois de não poder mais pagar aluguel, já que não queria fazer nada além de comer e dormir.</p><p>Veio a virada. Um amigo da época da escola começou a falar com ela pelo facebook e resolveram sair, ele era gay, conhecia muitas baladas loucas, e arrastava a mulher para vários rolês loucos.</p><p>Ela conheceu outro cara e dessa vez casou até no cartório. Mas um ano depois o maluco resolveu ir embora pra morar com um amigo, mas que na verdade não era só amigo dele, era o amigo dela que mencionei ali em cima, o do facebook.</p><p>Divorciada, ela voltou a trabalhar e caiu no álcool, drogas e sexo pervertido.</p><p>Então, com o contexto, sabemos que logo a heroína na poesia dramática estaria iniciando o projeto artístico inovador com seu ex-paciente, Pedro, em que a sua criatividade, enfim seria trabalhada.</p><p><br /></p><p><br /></p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-69741684575849792892022-03-31T05:57:00.003-04:002022-03-31T14:52:06.129-04:00Itália, um sonho com luz dourada<p> Enquanto chove eu fico numa ilha de pensamentos que se ampliaram depois de um sonho.</p><p>Estava na Itália, país ao qual nunca fui, nem tinha planejado numa das minhas idílicas contemplações de futuro fora do Brasil. Era uma luz tão acolhedora, um cenário criado pelo meu cérebro que fulgurava amplamente verdadeiras emoções.</p><p>Queria tirar fotos no sonho, algo que nunca conseguia, sempre falhava... eu queria mostrar que estava ali, porque no sonho eu sabia que ninguém sabia do meu paradeiro. Além do que eu queria mostrar que estava numa etapa diferente, utópica e conservando a chama da vida numa terra tão distante. Estava sozinha, tal qual eu não me vejo diferentemente nos dias atuais.</p><p>Era uma cidade pequena, durante o sonho eu sei que citei seu nome, mas agora não me lembro. Uma menina veio conversar comigo, falávamos em português, eu queria saber se Roma era ali perto. Ela me disse que era muito próxima à cidade em que eu estava, no momento eu só queria achar uma maneira de ir até lá.</p><p>De longe eu via uma bela igreja, atravessando um lago dourado, havia um trem passava no meio de uma praça, carregava crianças, só andava uns 200 metros nos limites daquela cena que me remeteu a uma praça chilena que na vida real já pude estar.</p><p>Quase no fim do sonho eu estava com dor de cabeça e pedi um remédio, sentada naquela praça - que foi praticamente o único cenário do sonho - eu recebi de um brasileiro uma sacolinha com um remédio rosa, que provavelmente meu cérebro criou a partir daquele docinho que tomava enquanto criança.</p><p>Fora isso tinha uma padaria, um senhor rabugento que parecia se a pessoa que me hospedava. Passei frente a uma escola, queria arrumar um trabalho ali, só pensei no problema de dar aulas para italianos, que a questão da língua poderia ser um problema. Até assisti a uns segundos de aula.</p><p>Imaginava que aquele lugar era o ideal para eu passar o resto da minha vida.</p><p>Quando acordei, uma sensação boa me inundava, tal qual a chuva forte que ainda cai ali fora. Eram cinco horas da manhã, fiquei feliz por estar iniciando um dia num horário normal.</p><p>Procurei na internet imagens da Itália, lugares mágicos vieram aparecer, nada igual ao sonho, aliás, a luz de algumas fotos era a mesma dourada que me encantou durante essa viagem tão peculiar através da criativa mente que me deu esse presente.</p><p>Agora estou obcecada pela Itália.</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-53440492880012984932022-03-26T12:41:00.005-04:002022-03-26T12:47:01.829-04:00A coragem de quem morre<p> A coragem de morrer é a própria morte </p><p>Morre-se quando a decisão enche o ser</p><p>Não há nada errado, só certeza do fim</p><p>Nada é mais urgente do que cessar a dor </p><p>Poderia estar sorrindo há minutos dali</p><p>Sem planejamento, numa porta, rua vazia</p><p>Uma carta escrita, talvez nenhuma linha</p><p>Ninguém, não se ama mais alma alguma</p><p>Já há um fim na ação, mesmo que falha</p><p>Não há volta para aquele instante de ir</p><p>Inferno não é uma alternativa temível</p><p>Queremos e vamos em busca do silêncio</p><p>Calar a mente, o sofrimento permanente</p><p>Matou-se, e acidentalmente está vivo </p><p>Mas ali morou a coragem, a pior hora</p><p>A mais lancinante e torturante angústia</p><p>Não entenderás, jamais, se nunca morreu</p><p> </p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-16424083685132985452022-03-15T03:49:00.018-04:002022-03-15T04:47:35.484-04:00Eco e Narciso - boy lixo e uma mina apaixonada (Adaptado da mitologia grega)<div>Hoje você vai entender porque o amor não correspondido, de uma ninfetinha romântica por um narcisista safado, foi responsável pela treta que deu origem a dois mitos: Eco e Narciso. </div><div>Andava, sedenta e bela pela floresta, Eco, uma ninfa gostosona, mas sem inteligência emocional, o que chamam hoje de "emocionada". Chamou umas amigas pra dar um rolezinho - tomar um banho no rio e fofocar sobre os chifres da Hera - coisa que faziam muito no verão. As ninfetas tinham combinado, sem avisá-la, uma festinha com uns elfos novos na área, como Eco falava muito, acabava chamando muita atenção, o que irritava a galera que andava com ela. Mesmo assim, ela partiu pro rio sozinha, nem tava na vibe de pegar ninguém naqueles dias.</div><div>Não sabia ainda, mas já já iria começar um inferno na vida dela, a relação mais tóxica que viveria. Quase chegando ao destino, ela viu um cara encostado numa árvore, passando a mão no cabelinho, pensativo, aproveitando uma sombra pertinho do rio. Tava um calorão cuiabano naquela tarde, o boy deixando sua barriga tanquinho à mostra, ostentando aquele corpinho suado, que Zeus só não pegou porque não tinha visto ainda. Eco parou pra ficar olhando aquele homão, ficou molhada sem entrar no rio. </div><div>Não teve dúvida de chegar no Narcisinho, o cara mais gato que ela já tinha visto na vida.</div><div>O problema é que ele nem deu muita atenção pra ela, a conversa foi basicamente sobre como ele cuidava da pele, as horas correndo e carregando umas pedras, ele tinha inventado um circuito de crossfit outdoor pra manter o corpo em forma.</div><div>Deu uma desculpa e vazou... </div><div>Eco, já gamadinha, procurava o boy todo dia, levava abacate pra ele hidratar o cabelo, franguinho com batata doce; tudo pra agradar o lindezo. Mas pouco dele ela recebia, ele só alimentava as esperanças dela a toa. E quanto mais o boy lixo lhe desprezava, mais ela ficava doida de amor.</div><div>Um dia, Hera tava por ali pra tentar pegar Zeus no pulo, rolou um boato no olimpo que o "Arthurzinho" tava atrás de uma tal de Europa. Perguntava pra umas ninfas se sabiam de alguma coisa, quando Eco chegou falando de mais um fora que levou, que tava mal, que ia se matar ... Hera perdeu um tempo ali, que foi suficiente pra Zeus inventar uma fantasia de touro e já partir pra curtição com a mina famosa do momento (depois eu conto essa baixaria).</div><div>Com muita raiva, a deusa, mais chifruda que a presente versão do marido, amaldiçoou Eco, a infeliz, dali pra frente nunca mais conseguiria falar o que queria, formular uma reclamaçãozinha da vida, a faladeira da região apenas reproduziria a fala de quem conversasse com ela. </div><div>Perturbada, foi atrás do cara, num gesto de desespero falar do seu amor verdadeiro (já tinha a data do casamento e o nome dos filhos escolhidos) porém tudo que ele falava ela respondia igual, o que irritou o afrodito, a ponto dele começar a chamar a coitada de louca, desequilibrada, feiosa até de sem estilo. Dizia que ele era lindo demais pra pegar uma ninfa sem graça como ela, ainda outras coisas repetidas várias vezes. Finalizou com um "vaza pra sempre".</div><div>Desolada, a coitada chorou até morrer, literalmente!</div><div>Zeus soube da treta, sentindo-se culpado pela maldade da esposa, resolveu dar um fim mais romantizado para Eco, com suas lágrimas fez um rio, seu corpo um vale, onde ela respondia àqueles que ali falassem. Ela vive na solidão por lá até hoje, quem é solteiro e mora numa casa sem muitos móveis vai lembrar dela de vez em quando.</div><div>Tudo que vai volta já dizia o povo, o mundo pra ele capotou feio, o centro do universo ia virar comida de peixe loguinho. Narciso estava obcecado por si mesmo, mas nunca tinha visto seu rostinho, olhos azuis, simetria divina, ele teve a ideia até de fazer umas peças pra ter seguidores, ser influencier para elfos sem autoestima e tal....ali, quase tocando a água parada do rio, foi presente por um se fez de espelho, quando então, ele enfim pode ver o reflexo que seria a paixão maior, crush eterno; primeiro achou seria um outro deuso, outro cara li, mas seria tão mais gato? Crush poderoso da sua vida. Gamou nele mesmo, não sabia se era outro cara né... sei não. Mas o fato, melhor dizendo, mito, é que de tanto olhar pro próprio reflexo, numa desesperada fascinação, ele morreu. Uns dizem que de inanição, outros que olhou ali pra imagem na beira do rio por tanto temo que caiu e se afogou... se foi! Fez a viagem do Chico Mineiro.</div><div>Nasceu ali, uma belíssima flor, nomeada de Narciso em sua homenagem... Eco fica sentindo o perfume dos narcisos e apesar de querer dar uns gritos bem louca, só pode ecoar a voz deque vai o local.</div><div>A florzinha lindinha ainda chama muita atenção e perfuma inebriando, mas ele ainda deve estar reclamando de não ter pegado o bofe dos sonhos.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>C,F. Os pontos mais importante na narrativa do mito de Narciso e Eco foram mantidos, apesar da variante linguistica empregada. #blogestediaagora</div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-31488966472604379862022-03-13T23:53:00.003-04:002022-03-13T23:53:44.952-04:00A voz fantasma de domingoMeu nome rompeu o silêncio da manhã <div>Grito que matou falsa paz como um tiro </div><div>A arma capaz de usar análoga munição</div><div>Após tantas batalhas de longa guerra vã</div><div>Inimiga e aliada, foi defesa e desespero </div><div>Como último ato , acertou meu coração</div><div>Em minhas mãos, na tarde sem amanhã</div><div>Morreu matando, atroz o ato derradeiro </div><div>Mesmo sangrando ainda não tive opção</div><div>Naquele enterro, fui esposa, mãe e irmã</div><div>A morte, fim de tudo, sentia pelo cheiro</div><div>Hoje, me vi julgada à outra condenação</div><div>Pois, mesmo vista como forte </div><div>Pois, mesmo sofrendo o corte</div><div>Uns me veem desleal</div><div>Apesar de todo o mal </div><div>Fui acordada, mas não estava dormindo</div><div>Pela voz que já estava quase silenciada</div><div>Uma certeza em mim foi reverberando</div><div>De que vivi até aqui mesmo condenada</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-693803818851268002022-03-12T07:57:00.003-04:002022-03-12T11:36:11.059-04:00Poema dedicado ao amigo que, graças ao precioso elo entre nós, amei sem conhecerApesar de distantes, os poemas das nossas vidas<div>Em luais, ao som de bossa nova, pusera os pés<div>Que nas rimas levam mais areias e noites lindas</div><div>Eu, em versos, cresci sonhando com as marés</div><div><br /></div><div>Drummond, creio, ladrilhou parte de sua estrada</div><div>Aqui no meu quintal, Barros, o Pantanal rimou</div><div>Poeta até ilustre, mas por quem não fui inspirada</div><div>Distantes paraísos, solos em que arte nos criou</div></div><div><br /></div><div>O universo traz tantos milagres em dias escuros</div><div>Um amigo, um amor, por anos lendo meu mundo</div><div>Confundiu meu ceticismo, mostrou-me futuros </div><div>Falou-me de um amigo poeta, simples e profundo</div><div><br /></div><div>Numa esquina de Copacabana, tudo era primeiro</div><div>Pude (re) conhecê-lo, cenário cinematográfico</div><div>Não era Janeiro, sonho, no meu Rio de Fevereiro </div><div>Fulgurante sorriso, vi ali samba o emblemático</div><div><br /></div><div>Os tons insólitos do arrebol moldurados na janela</div><div>Páreas de Apolo, ou anjo, não a quem conheci</div><div>Vendo-nos sonhar o sonho impossível nos nivela</div><div>Tal Quixote, foi elo criador, da ode que escrevi</div><div><br /></div><div>Vou tomar mais um gole na busca de inspiração</div><div>À luz do sol nascente, vou eludir falsa mesura</div><div>Após lapidar, esmeradamente, a ele essa dileção </div><div>Desejo beber, mais doses que hoje, na loucura </div><div>Depois que na praia em que acelera seu coração </div><div>Vermos, unidos, o mar conceber o sol da cura</div><div>Poderemos rir desse final vindo de um condição</div><div>De uma ébria mulher insistente atrás de ternura </div><div>Desajustadas, as ideias conjuram uma finalização</div><div>Fumando o derradeiro cigarro, nenhuma restara</div><div>Enfim, "nosso amigo poeta", exausta pela missão</div><div>Em que horas a ela me dei, de forma tão sincera</div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-26470338850848279172022-03-11T00:54:00.009-04:002022-03-12T23:06:41.892-04:00O melhor episódio a que já assisti: meu "eu" em açãoNão precisei pagar o ingresso para assistir ao épico episódio em que eu atuei como eu mesma.<div>Confortável, sento-me perante meus defeitos, que agora são cenas deliciosas de degustar com os olhos e minha mente. São partes de uma mulher guardada, ou talvez escondida, atirada... num poço há muito tempo. </div><div>E de lá mesmo que são produzidos meus textos, as narrativas que sussurravam e pediam sua transcrição em meio ao desespero.</div><div>Procrastinar, negar, inferiorizar-me, dramatizar, valorizar tão pouco a vida (isso pelo olhar de terceiros), eram as principais condições do meu espaço solitário, imersa na solidão dos meus pensamentos, acatei a ordem da minha terceira personalidade (falarei dela num outro momento).</div><div>Se para alguém neste universo visível valeu a minha história, esse alguém sou eu. Porque agora vejo todos meus defeitos como joias adornando meu corpo, não este já gasto pelo tempo, mas meu corpo da existência.</div><div>Amanhã, é possível que esteja deprimida e mais niilista, mas pelo agora... Ah! que delícia admirar o que me tornei até aqui.</div><div>Se uma mensagem não chegar, se o telefone não tocar (quando eu puder ter um novo), não terei a sensação de que faltou algo, estou cheia de mim. </div><div>Para alguém que sempre odiou os clichês de amor próprio, eu me entrego à falta de modéstia, embora, secretamente, eu sempre soubesse, SEMPRE, que nunca fora ovelha branca.</div><div>Grito para as paredes, mas os meus gatos entendem. Choro sozinha agarrando o travesseiro, mas em algum lugar a minha dor outras pessoas sentem. Comigo não estou mais solitária.</div><div>Gostaria que uma câmera estivesse filmando meus programas criados diariamente, monólogos carregados do drama que poucos entendem, minha críticas literárias sobre Dickens, e meus discursos inflamados sobre o BBB. Há dias em que vejo as notícias, tragédias que se "apagam" numa semana, reflito sobre o conteúdo, às vezes escrevo sobre, às vezes esqueço.</div><div>"Que narcisismo brega!" uns podem inferir a partir disso tudo, porém se alguém pensar isso, sabendo o que realmente narcisismo significa, para mim já valeu muito.</div><div>Não me arrependo de ter esperado tantos anos para tentar me assumir como escritora, pois foi nessa contagem cronológica que fui adquirindo cicatrizes, dores e loucuras, quiçá premeditadas, que sustentam os planos, que surgiram, vieram do silêncio, emergiram do caos, clamaram-me por liberdade dentro desse cenário insano.</div><div>Ainda não foram curadas as doenças que estão de carona em mim, talvez eu morra hoje, ajudar-me-ão então a produzir as cenas finais do filme da minha vida. </div><div>Minha palavra favorita ainda ecoará, IDIOSSINCRASIA! Pois as minhas, todas elas, depois de tantos medos, agora as amo.</div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-42450130188544276242022-03-09T23:46:00.005-04:002022-03-10T05:34:59.153-04:00Queria um soneto, saiu uma crônica de adolescente velha fora dos padrões (sim é o título)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Sentada estou há horas aqui, entre um cigarro e um gole, uma culpa e alguma intenção.<div>Planejei, minutos atrás, escrever um soneto, porque estou usando um livro de Bocage como papel para marcar meus jogos de previsões. Mas contei as sílabas poéticas deles por costume, logo percebi que não tenho condição de medir mais nada;</div><div>Conservo hábitos inconfessáveis.</div><div>Uma pergunta me trouxe até aqui, acredito que não teria motivos maiores para escrever num dia tão vazio como o passado. Em que a maior vitória - e ressalto, para a maior leitora da minha obra, que sou eu mesma, que fora grande vitória! Você venceu, Cristiane - foi ter levantado e encarado o caos da minha casa, limpando e cuidando minimamente dos animaizinhos que dependem de mim pra viver. Ainda existem ações minhas que mantém algo vivo!</div><div>Vamos para pergunta!!!!! </div><div>A pergunta é: "quanto tempo do meu silêncio é necessário para que eu ouça minha própria voz?". Tem metáfora e literalidade na pergunta, já que eu nunca consigo ser tão humanamente direta, nem ao menos comigo mesma.</div><div>Minha voz fere. meus lamentos perturbam, minhas verdades são existentes em outras esferas, não nesta, em que vivo e sinto tanta dor.</div><div>A dor de dente que vem incomodando já troquei por outra, amanha ela volta e eu a abraçarei com a coragem que não tive ontem.</div><div>Tornei-me dependente! Vou parar agora, ainda que conseguisse ir além, não diria tudo. Exercitando o pensar antes de agir.</div><div>Estou aqui depois de quase 24 horas desde o último ponto final acima. Estava muito embriaga, só que me lembro exatamente de cada palavra aqui escrita e não quero mudar nada.</div><div>Uma ajuda do destino para que eu busque mais silêncio foi providenciada. Estou sem celular, sem grana para comprar outro, sem vontade de ter outro, pelo menos hoje.</div><div>Ainda bem que me restou este computador, assim, mantenho certo vínculo com o mundo real, já que não cruzo o portão da minha casa há quase uma semana, aliás, já tem mais de uma semana.</div><div>Não tenho mais que uma ou duas horas de luz "heliar" ultimamente.</div><div>Estou calma, não bebei hoje, assisti a uma série Turca incrível que fala sobre viagem no tempo e guerra...</div><div>Já tem alguns dias que não como nada saudável, até porque voltei a ser vegetariana, numa fase em que não tenho dinheiro nem ânimo para cozinhar. Sinto pouca fome e meu dente ainda dói.</div><div>Nunca quis fazer deste blog um diário para confissões das minhas maluquices, entretanto o ócio e a falta de vida dentro de mim, deixam-me poucas alternativas, já que decidi não me matar por enquanto.</div><div>Miados incomodam e alegram. Amigos, não sei de nenhum, não sei se os tenho ainda, não sei se eu sou amiga de alguém. Nunca disse que seria isenta de falhas...</div><div>Enfim, ainda não tenho a resposta para minha pergunta. Continuo em parcial silêncio. Contendo-me de alguns impulsos viciosos, aguardando a mudança de momento.</div><div>Depois eu volto e escrevo mais.</div><div>Queria um soneto, porque o título deles é o primeiro verso, facilita muito. Só que escrever soneto que é foda!</div><div><br /></div><div>#blogestediaagora</div><div><br /></div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-81859682416021971442022-03-06T21:46:00.020-04:002022-03-06T22:22:54.124-04:00Em que adjetivo você se leu?<p> O que te faz se ler e se ver refletido em um "você" que eu escrevo?</p><p>São adjetivos que te servem, o momento ido, algum lamento meu?</p><p>Ou ter vivido minha palavra, implicitamente te seduzi, talvez feri?</p><p>Não tenho a habilidade de ser impessoal de modo geral, há relevo</p><p>Já tentei redigir belas pedras que cruzassem quaisquer caminhos </p><p>Universalizar dor ou esperança, despersonalizar cartas redigidas</p><p>Até quando invento, eu me recrio no novo personagem, um eco </p><p>Provavelmente, se te vi ontem, se te bebi hoje, se me fez até feliz</p><p>Escrever-te ei num fluxo, darei a sua insignificância belas figuras</p><p>Importância que se perderá na próxima esquina, aqui é metáfora!</p><p>Quem sabe eu seja a única pessoa que vai te poetizar num drama </p><p>Um arrogante terá fria idiossincrasia, porém preciso lhes alertar:</p><p>Todos os "vocês" são iguais, idênticas referências, falsa relevância</p><p>Manipular tantas frases, chorar suas ofensas, rimar seus defeitos...</p><p>Isso faz parte só do estilo, inspirações, uso os ontens para palco</p><p>Obviamente, poderia usar a meu favor esse poder da genialidade </p><p>Mas continuo humanamente falha, e pior, sempre desequilibrada </p><p>Não excluo os ignominiosos de terem momentos de glória escrita </p><p>Contudo, pela pouca capacidade cognitiva das segundas pessoas </p><p>Poucas delas veriam que aqui, num texto, tiveram tal notoriedade</p><p>Uso muitas palavras repetidas, até na paz costumo pintar guerra</p><p>Se me conheces, pode pensar que estou fingindo ter essa apatia</p><p>Solitária na casa tão fria, amando bem poucos, errando muito...</p><p>Apaixono-me seguidamente, todos eles e elas estão nas linhas </p><p>Mas, opa! Estou numa fase inédita, sem terceiros no meu lápis</p><p>Não tem um "TU" aqui para ler indiretas ou declarações de amor</p><p>Evoluindo para mais uma transparência, pari uma nova coragem</p><p>Além de colecionar meus erros e decepções as tornarei impressos</p><p>Sem me esconder do meu talento, continuo aos poucos morrendo</p><p>Poderia ser sorte quem já esteve em mim e me suscitou a "lexicar"</p><p>Pacientemente ando por minha casa, minha mente, minha alma</p><p>Devetia usar toda minha capacidade para "te" ou "vos" confundir </p><p>E ao mesmo tempo sem intenção de fazê-lo, você não me importa!</p><p>Lembrem-se de que nunca neguei sustentar meu vil egocentrismo </p><p>Não sou feliz, não tenho paz, não soou amada, a luz está escassa</p><p>Sou, portanto, todo meu escopo, cenas escritas para o meu teatro</p><p>Duvide, então se estás aqui, ou que já esteve, todos foram iguais:</p><p>Capazes de conquistar de mim algumas páginas, versos, poemas.</p><p>Sigo a produção, sem ter antagonista digno de toda minha obra.</p><p><br /></p><p><br /></p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-4276940122807473782022-03-06T05:51:00.010-04:002022-03-06T17:48:53.418-04:00O melhor não foi dito aindaQuase respostas para tantas perguntas inteiras<div>Em que vírgula se perdem para não ter ponto?</div><div>Sim ou não, mais que amor, dê-me descrições </div><div>Dias correm para o esquecimento, aqueça-me</div><div>Com a sutil lembrança que acesa me encanta </div><div>Só diga, que lembra do meu cheiro, das cores</div><div>Se fui capaz de invadir teus secretos desejos </div><div>Use uma caneta, talvez uma pena, e escreva</div><div>Não quero vestir o passado, mas emoldurá-lo</div><div>Fala o que viu, sentiu, sofreu no meu abraço, </div><div>Se eu ficar inteira com os fatos, amarei mais</div><div>Amar-me-ei depois daquilo que quero ouvir</div><div>Então grita, sussurra, odeie, não silencie-se!</div><div><br /></div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-30253242176928744842022-03-04T02:18:00.007-04:002022-03-04T03:35:40.053-04:00E vou indo...<p> Em tempos de bloqueios e ataques, por todos hemisférios, por todas áreas do cérebro, por todos os anos do passado, em dúvida sobre ter a certeza, aquela que sempre tem a verdade.</p><p>É uma data, um recado, uma revolta e reviravolta. A falta é o estímulo, estou morrendo agora e já morri várias vezes, talvez agora seja outra partida.</p><p>Todas vezes que morri o mundo continuou sem mim, eu em outros em que ainda me tinha para carregar. Queria enxergar aquelas tardes que se deram quando parti, quem chorou ou riu por mim. </p><p>Se este for meu último texto? Para quem eu digo que tenho o que mereço?</p><p>Pedir perdão nas cartas rasgadas era necessário, mas não é agora.</p><p>Tornei a sala cinza, meu sepulcro diário, com as despedidas silenciosas e as súplicas indesejáveis. Se for nesta madrugada que meu coração, que tanto chora, para?</p><p>Alguém vai entender o que eu fui, vai lembrar das cartas que escrevi, das dedicatórias em livros espalhados por aí?</p><p>Agora toca a música que me inspirou a escrever na parede a maior verdade que concebo, que onde você investe seu amor você investe sua vida. Não interessa a você, não é? Não venha aqui em busca de racionais mensagens eloquentes.</p><p>Investi tudo aqui, nessa casa, alma! Ali, por todo canto...</p><p>E se deixar a água cair sobre mim não for suficiente para fazer meu coração parar de bater tão acelerado? Tudo dói, eu tenho a morte em vários níveis...</p><p>Para quem pedir ajuda? Seria prudente e faria diferença?</p><p>Quem está sentindo a morte faz tantas perguntas? Ainda mais não acreditando que elas possam ser respondidas depois de parar de respirar um corpo tão incauto...</p><p>Se eu for, isso aqui diz tudo.</p><p>Amei e odiei o mundo.</p><p>Se eu não for, amanhã é mais um dia de absurdo.</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-21069215405368410642022-03-02T18:18:00.003-04:002022-03-02T19:05:44.930-04:00O inferno são os outros <p> Todas batalhas que defendem ideais coletivos são apenas falácias. A única defesa sob todo sangue e lágrima derramados é sordidamente egoísta e infantil.</p><p>Vamos todos morrer, por que então valeria garantir um território ou honra temporários?</p><p>Todos os séculos de invasões e guerras, que só se diferenciam cronologicamente pela evolução bélica empregada, não ensinaram, pois não havia interessados em aprender. </p><p>Somos uma raça vil, carente, dotada de uma desmerecida, também questionável inteligência.</p><p>Até quando a dor dos outros for apenas tema de manchete sensacionalista, bases para críticas e piedade fingida, não teremos nada mais que uns loucos bilionários se preparando para virar as costas a toda reles humanidade, embarcando em suas naves, na busca de destruir outros planetas.</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-32201224869162759042022-03-02T01:40:00.011-04:002022-03-02T02:01:35.577-04:00Nada poética boneca velha de vidro<p> De qual matéria é feita a maldade ?</p><p>Palavras que ferem quando não ditas </p><p>Ordenam-me ser silêncio para dar apatia</p><p>Não faço um poema aqui nem tenho ideias </p><p>Corre nas veias um amargo resto de metal </p><p>Por que tudo que sei não faz mais diferença ?</p><p>Não concebo o que faz tão cruel o coração de tantos a quem quero só beijos</p><p>Queimo a cada desprezo, mas afinal, eu peço gritando o tempo inteiro, minha voz incomoda os ouvidos de quem só quer mentiras </p><p>Corto sua fala, eles cortam o brilho dos meus olhos, não me deixam terminar a cantoria </p><p>Vai fevereiro ao som de esperanças mortas!</p><p>Dançam sobre meus restos, livro lido pela metade e destinado a ser combustivel na fogueira de suas festas </p><p>Uma dor dividida como se fosse um filme, assistido às pressas ... desligado ao meio, minha morte e meu desespero não causam empatia </p><p>Diversão subterfugiada por falsos elogios, experiência antropológica à luz do dia</p><p>Não interessa que minha lágrima seja ácido sobre meu rosto, meu choro incomoda, perco a graça, viro mesa de centro incomodando na sala</p><p>Enfeite que cansou os olhos de quem tem mais facilidade de se conformar com vazios diários cobertos pelo poder do consumo </p><p>Ainda assim, sou grata, pelo tempo que escolheram "gastar" na minha presença, nem toda minha capacidade de amar, escrever e lembrar são suficientes para que eu seja o presente em si. </p><p>Uso ou sou usada? Sei muito bem em cada pedra que piso. Finjo bem, muito bem, que sou inocente suficiente para esperar uma inespera facada </p><p>Escolhi a dor de experimentar até o mais venenoso sorriso. Para ter as emoções mais verdadeiras, assumo os previsíveis riscos. </p><p>Mas não venha dizer que enxergou meu valor quando eu já não estiver disponível, escolho sofrer e também finalizo</p><p>Sei fechar portas, pegar outros trens, viver apenas comigo. </p><p><br /></p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-20303919447229114782022-02-25T19:13:00.004-04:002022-02-25T19:35:19.165-04:00Longe de ser serena<p>Deixei Hélios passeando na areia e vim encontrar a terra que ele esquentou recebendo mais sinais de Zeus.</p><p>Alguma coisa dele foi colorida em minha pele, não arde mais, não enfeita.</p><p>O meu contato com o a realidade esteve se perdendo, mas a confrontei depois de encostar o pé no piso frio. Minha inimiga de tempos atrás resolveu chegar abruptamente me lembrando dos meus pecados, dizendo com números em papéis coloridos, que já estou a caminho de encontrá-la, pessoalmente, para resolvermos os cálculos dos pontos antagônicos, bem e mal.</p><p>Para que fique fácil, levanto o copo, esqueço por uma noite, madrugada a dentro. Só os gatos ouvem meus gritos, o travesseiro conta as lágrimas, este blog recebe os lamentos e meu irmão consola de longe sem saber de quase nada.</p><p>Levanto e me refaço, ressurgindo eu me comprometo com o presente, assim me vingo do passado.</p><p>Sexta, ou sábado. Dias de amar. Para mim, um gole e um cigarro.</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-15531642624483698112022-02-24T22:23:00.011-04:002022-02-25T19:14:12.958-04:00Segredos guardados no peito esquerdo<p> Por um papel, ou pela tela, telefone ou por sussurro de espíritos, uma hora eu teria que saber.</p><p>Escondendo a verdade de mim apenas, pois tal ponto, agarrado no meu peito outrora tão firme, não tinha muito a se desenvolver, além do que há quase dois anos já tinha notícia.</p><p>O tempo tem sido bom, senão sádico comigo, fazendo-me que a cada novo dia "normal" em que acordo eu veja a realidade através de um filtro de contentamento.</p><p>E Ela, vem silenciosa, ironizando todos meus fracassos, sendo gentil não causando tanta dor física, mas hoje, enfim hoje, um soco mais forte no meu peito... </p><p>E na literalidade das poucas investidas que foram dadas até aqui, chego a um ponto em que escolhas são necessárias, e odeio escolher!</p><p>Embora já tendo escolhido algumas vezes a favor dela, agora me vejo intransigente, não aceitando os convites antes negados.</p><p>Estou completamente voltada para uma saída, ando agora entre frases que escondem as feridas, conotam firmeza e devem ser as mais bem ouvidas. Inegável que agradar aos outros é uma forma de se agradar, portanto desnecessário é firmar um contrato com a despedida.</p><p>Escrevendo, talvez eu vá me direcionando à paz, consciente e ao mesmo tempo distraída sobre a certeza de que sou dona do meu templo.</p><p>Ninguém vai perder, eu garanto. Estamos evoluindo e me orgulho até mesmo do meu solitário pranto. As palavras de agora serão um dia só um cheiro de minha história fragrante em um breve espaço de algum desatento leitor em velhas plataformas. Ainda assim, escolho ficar inerte perante a luta, inexoravelmente perdida, sendo mais forte que ela, porém tão improvável como a vida.</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-1327323661628856562022-02-24T16:23:00.004-04:002022-02-25T19:13:59.725-04:00Projetos e bases, análises da destruição Nego que o medo existe pelo próprio medo de ter o medo. Já ouvi muito isso numa canção, daquelas que estão sempre nas ondas que me movem. <div>Destruir as bases achando que reconstruir será menos árduo, embora juntar todo o entulho faz adiar ainda mais o trabalho de reerguer o edifício. </div><div>Não chegar ao topo evita uma hipotética queda, apenas olhar para cima e imaginar o quão libertador é estar sobre o passado é em si uma sensação de cura. </div><div>Alguns ecos do que digo fazem tempestades rápidas, entretanto só me preocupo com as minhas perdas. </div><div>Assim como escrevo tudo isso para mim mesma, vivo olhando apenas para o abismo dentro de mim, quanta distância há entre sentir e pensar que sinto? </div><div>A guerra iniciada no outro hemisfério, assustando o mundo, diz mais sobre o fim do que a invenção de morte que as minhas palavras perpetuam. </div><div>Enquanto não construo, projeto, sem considerar as condições do terreno, que ainda não tem localização definida. </div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-26743051362273410122022-02-22T19:45:00.005-04:002022-02-25T19:14:21.550-04:00Amor é banho demorado<p> E para ser altamente, indiscutivelmente, clichê... amor!</p><p>Não o amor de varanda, de lua cheia e aliança de noivado</p><p>Transcendência da consciência, existência que corta a dor</p><p>Que mundo é este? Que dentro da cápsula sou o observado?</p><p>Onde as lágrimas correm frente ao mais incoerente redentor</p><p>O amor com o qual quero ser banhada com perene agrado</p><p>Sob a água fria, desse primeiro desatino de virgem trovador</p><p>Paulatinamente a água esquenta, seu tempo, no apaixonado</p><p>Até que me queime, lancinante o desejo e o seu torpor </p><p>Torne-se assim confortável e relaxante o banho demorado</p><p>Na metáfora, pela água de Eros derramada, lê-se o sonhador. </p><p>No entanto, uso a toalha logo que o banho se encerra...</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-58989179706466973942022-02-22T16:40:00.017-04:002022-02-23T00:19:09.491-04:00Um carioca domingo - sangrento num molde irlandêsMorreu na contramão não atrapalhando, muitas horas, o tráfego; caiu causando estrondo, sem ferir muitos olhos, sem alarmar o domingo de sol banhado, ali na esquina, por todo aquele mar plácido.<div>Quem era, por que sua existência, agora coberta por um pano branco, tinha traços de ironia musicada? Um refrão de "Sunday bloody Sunday" que era sussurrado sem lamentos, por quem talvez não estivesse abalado devido ao poder da calmaria mágica do entorpecimento das aventuras recentes.</div><div>Aquelas árvores, na rua que corre atrás do hotel Pestana, viram mais que nós, que apenas tivemos um ignoto grito como referência.</div><div>As investigações despretensiosas, muito pela garantia de que ao descer os sete andares já teríamos respostas, foram portanto um momento a ser considerado vivido intensamente.</div><div>E fomos, atrás do doce caldo de cana, no típico passeio à feira, ainda sem saber de muito, mas conjecturando o mais óbvio dos fatos suscitados: suicídio! Da janela da festa, da janela da dor, da janela incerta, pulou uma alma de encontro ao desconhecido. Quanta dor se guarda para ignorar aquela areia, aquela gente bonita, aqueles bares cheios de sorrisos no domingo?</div><div>"Você viu, o cara pulou do hotel?" , com um gesto que para a construção daquela não "buárquica" construção, o movimento indicando o salto se tornou algo, erroneamente, hilário.</div><div>As ideias se concatenaram, aparentemente, a fim do alcance da resposta e conclusão plausível ao que realmente acontecera. Mas o rosto embaixo daquele alvo, deveras ensanguentado, pano comum, jamais seria visto por nós, nem uma nota no jornal acena quem visitou o céu ou, quiçá, o inferno tão recentemente.</div><div>Andares à frente, olhos que miravam o mar e abaixo, sabíamos que o sopro da vida já findou por ali... e que a areia que somos, apenas areia, neste vento efêmero da vida, poderia ainda estar calçando aqueles pés - agora "juntos"- rumo ao desaparecimento eterno.</div><div>Vai o dia, o sol apoia a calmaria, ali, por horas o desconhecido esperava sua partida, país distante ou alguma periferia?</div><div>Copacabana continuou recebendo as línguas de seus visitantes afoitos e imersos em seus deslumbramentos, o hotel ainda vibra com a energia de seus hóspedes (e alguma janela coma força de um mergulho intenso). Aquele desconhecido, tornando-se então tão íntimo, sem nome, fará parte para sempre de nossas vidas. Quem sabe, saber disso, poderia tê-lo salvado!</div><div> E se esse finado personagem da vida real era um flamenguista , escolheu um bom horário para aposentar suas chuteiras, evitou a raiva de uma tarde inteira.</div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-56330488752783129582022-02-14T23:10:00.004-04:002022-02-14T23:10:33.150-04:00Ao amor<p> E parafraseando a saudosa Dolores eu digo: minha vida teima em mudar a todo instante, em todas formas possíveis e surpreendentes possíveis. E sim, agora é diferente! Porque eu estou diferente, e dependia muito de mim para aceitar que sonhos se tornam realidade.</p><p>Não vou me arrepender, não vou sofrer, porque apenas o agora importa, sei que neste exato instante o que escrevo deriva do meu sentimento inteiro.</p><p>Amar não tem mais definição fácil, passa pelo poder acreditar em que se esteja amando. Estou amando! </p><p>Aquela janela aberta, o gato dormindo, os amigos, minha família, meu cabelo desarrumado, e aquela voz que quero ouvir várias e várias vezes. </p><p>Não quero ter medo de sentir, acho que me livrei da sensação de não merecimento. </p><p>Por que eu não mereceria amar ? Fui ciada com amor, recebi muito amor, dei muito amor. Ainda estou transbordando dessa dádiva para que se espalhe ao meu redor.</p><p>Amanhã pode tudo mudar, mas neste momento eu amo! </p><p>Estive inerte, morri, renasci, suportei toda dor. Agora só me cabe sentir as aventuras na pele, na alma, no tempo que resta.</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-68896742793787032062022-02-11T00:18:00.005-04:002022-02-11T00:31:50.406-04:00A felicidade é de poucas palavras <p> A inspiração, que surge nos estados melancólicos, depressivos, traumáticos, atravessa a linguagem comum, pois procura transcender aquilo que é visível, despertar no outro, através da arte, o que possa se assemelhar aos sentimentos.</p><p>Mas a inspiração advinda da felicidade, bem mais rara no meu caso, fica solta e sem muitas metáforas.</p><p>É sorriso, vida, paz... tudo num espaço mais curto de palavras. Irônico, que sendo rara, ela suscita tão pouco léxico. Talvez, para não perder tempo escrevendo e viver o tão fugaz momento.</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-88694307206810402852022-02-09T23:44:00.012-04:002022-02-10T19:34:11.039-04:00O que buscam dela (?)Atrai, facilmente, atrai.<div>São os olhos, alva pele em desistente firmeza, mas que ainda conserva sutil leveza, desenhada através dos anos de intensa experiência. Ao passo que se vê como centro do universo, tem a audácia de se transpor para terceira pessoa, colocando suas dúvidas também em terceiro plano, talvez para que a dor seja entendida, ou repensada. E tudo que sobra das análises traz o seu certo preceito de egocêntrica procrastinação.</div><div>Repele, facilmente, repele.</div><div>Na mesma velocidade da atração. Todos os mistérios viram fragilidades, inseguranças, pouca habilidade com a sustentação do diálogo necessariamente impessoal. Vira monólogo. Quebrada novamente, vai juntando os cacos que sobram, a cada vez que se joga pela janela aberta, cuja paisagem lá fora não enxerga.</div><div>O que atrai nela? Todos querem um pouco de algo que ela não sabe o que é. Mas toda entrega efêmera do que é desejado pelos "atraídos" vira uma página virada, não para vida dela.</div><div>Chamas fugazes de desejo, sem comprometimento com a sua própria dependência, ela só se queima.</div><div>Das cinzas, ainda faz alguma nova obra, quem dera fosse tal qual fênix.</div><div>O que veem de belo? Não sabe ou finge não saber, esconde a própria força por querer? </div><div>Ela sabe, eu sei. Mas os outros não saberão.</div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-63732428907070448142022-02-08T23:21:00.006-04:002022-02-08T23:31:36.002-04:00Telas e liberdade<p> Telas, losangos feitos de um material do cotidiano, aprisionam as feras. </p><p>Vendo esse limite que impus aos meus denominados "filhos", com a pretensão de protegê-los de dentes, pneus e venenos, percebo a analogia mais simples que possa surgir desse riscado ambiente protetivo.</p><p>O que é a liberdade além das telas? Se não a conheço, permaneço na caverna. Há dias em que nenhuma notícia deixo chegar a mim, abstendo-me dos perigos que existem lá fora, Eu me aprisiono, talvez não conscientemente.</p><p>Não ter a experiência faz com que não a desejemos. Tal qual Kaspar Hauser, postos em privação ao que é real aos demais, não aprendemos, nem sequer há a possibilidade de vislumbrar diferentes contextos. Não desenvolvemos a comunicação com este mundo incógnito, então.</p><p>Das divagações que transcrevo aqui, algumas podem ter derivação da observação daquela janela visível, outras de uma fresta dentro da minha mente que investiga um universo que me atento a descobrir se pode ser crível.</p><p>O que não vivi e que direito de ter usufruído eu perdi?</p><p>Nem os gatos sabem, jamais, quiçá, eu saberei. </p><p>|Liberdade depende de experiências, as que nos permitimos vivenciar e as que nos são permitidas empreender. Tudo vai ficando num vão filosófico, de realidade possível, de mundos cogniscíveis, de portas abertas ou não.</p><p>Já que não temos apenas a liberdade de Rosseau para discutir, o mundo se voltou contra premissas da permissiva atmosfera revolucionária. Somos fantoches, ouvimos o que as orquestras vis nos tocam, não mudo a estação da rádio e encontro o que escolho.</p><p>E o que é a escolha?</p><p>A janela permanece com suas telas, só há aquela misteriosa luz que nos hipnotiza, e a eles, através das frestas da caverna.</p>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1017059159077315567.post-44639775228435286062022-02-08T19:44:00.003-04:002022-02-08T23:27:20.645-04:00Neste dia, agora<p> <span style="font-family: helvetica;">Começando por algo que fala pelos meus pensamentos, através do meu poeta contemporâneo favorito:</span></p><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span style="font-family: helvetica;"><span jsname="YS01Ge">"Acho que você não percebeu</span><br /><span jsname="YS01Ge">Que o meu sorriso era sincero</span><br /><span jsname="YS01Ge">Sou tão cínico às vezes</span><br /><span jsname="YS01Ge">O tempo todo estou tentando me defender</span></span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span style="font-family: helvetica;"><span jsname="YS01Ge">Digam o que disserem</span><br /><span jsname="YS01Ge">O mal do século é a solidão</span><br /><span jsname="YS01Ge">Cada um de nós imerso em sua própria arrogância</span><br /><span jsname="YS01Ge">Esperando por um pouco de afeição"</span></span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge"><span style="font-family: helvetica;">E é assim, nossa voz dispersa no vazio dos egos que escondem o vácuo de amor concomitante à apatia contada nos segundos.</span></span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge"><span style="font-family: helvetica;">Mas hoje, eu só quero saber de uma partícula acesa, que me atrai para o desconhecido. Os mergulhos recentes feitos na minha psiquê trouxeram-se à superfície do autoperdão. Vamos viver o que for, "neste dia, agora".</span></span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div>Cristiane Felipehttp://www.blogger.com/profile/09787607949333819049noreply@blogger.com0