Reformando minha palavra

Para eu respeitar o formato da palavra
Construindo-a ainda mais formosa,
Não compreendo regra objetiva
Ando nos sonhos descrevendo imagens
abstratas, tentando traduzir os
mundos que se entrelaçam em luas
que coem e pertubam ofuscantes.
Quero realizar a palavra!
Sem a pretensão de idealizar nada,
apreciá-la com sua simplicidade e
dividi-la em partículas encantadoras
que atravessem sua mente, meu eu e
os dicionários.
Para respeitar a palavra, continuarei
adorando sua instabilidade, conduzindo
o destino, aproveitando-me da intensidade
que alcanço em uma lágrima.
Sem receio de parecer insosso, meu
texto carregará desejo, intuição e feminilidade.
Indefinida ou implícita estará minha
cumplicidade com a amada
transcrição da irrealidade.

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