Sobre ela
Do que a janela aberta que são seus lábios dizem, transbordam verdades que nunca revelam o mais profundo.
A dor que carrega, nas perdas inevitáveis que o tempo comprou e entregou-lhe, resistem as lágrimas, em que todas as noites ecoam num quarto antigo.
E são gritos, de uma mulher que não foi mãe duas vezes, que viu seus sonhos descerem em caixões, saírem livremente pelo portão, ou morrerem num copo.
Só quem sabe é ela, dessas palavras, do vão entre saber que existe um universo de talento dentro dela e de quem a observa só enxerga um cômodo.
Não é mãe, não é nada. Mas já deu tudo e sobrevive em seus ímpetos de morte. Abranda a alma a escrita, corrói a vida as frases não serem lidas.
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