Tiremos da mesa

Sobre a mesa nada mais que tristeza
Saem e entram partes de um nunca todo
Pesam as cinzas de um distante retorno
Acabaram os sinais que traziam leveza
Moramos dentro de poucas certezas
Limpamos, logo vem o mal em torno
Descobrimos que acabaram os risos
Pedimos piedade ao som do nosso ego
Paralelos corremos para um abismo
Somos a corda que negamos agarrar
Eu, tu e as marcas desgastadas
Tu, eu e uma corrente amarrada
Dores que precisam ir, sumir, soprar
Um sonho e um filho, um triplo amar.

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