Poesia por putaria

 Cláudia se casou aos 20 anos com Nilton, eles se conheceram um ano antes na casa de uma amiga em comum dos dois. A mesma amiga com quem eles inventaram de fazer uma aventurinha a três, no dia, Cláudia bebeu tequila pra dar coragem, mas acabou dormindo na banheira do motel, enquanto seu marido e a amiga aproveitarem bem a noite. 

A farra foi tão boa que eles repetiram várias outras vezes, mas sem a presença da nossa protagonista.

Resumo da história: dois anos após seu casamento (que não era nada oficializado), a amiga estava deitada no sofá da sala, enquanto Cláudia era obrigada a arrumar suas coisas e ir para a casa dos pais, já que o traste do marido era dono da casa e chamou a amante pra morar com ele. 

Antes de ir embora ela decidiu fazer uma pequena vingança, que não deu muito certo, subiu no muro pra cortar os fios de energia e telefone, acabou levando um choque, caiu e quebrou um braço e dois dentes da frente.

Ficou na casa dos pais ouvindo a mãe dar um sermão por hora durante sua recuperação, estava sem grana sem carro e sem dentes. Mas ainda tinha um pouco de maconha. 

Uns meses depois voltou a estudar psicologia, tinha trancado a faculdade pra ajudar o marido a reformar a casa.

Ainda trabalhando como caixa de uma lotérica, ela conseguiu terminar seus estudos e parou de beber, fumar e sair com pessoas aleatórias. Achava que era hora de investir na carreira de escritora, mas não sabia como começar. Ela criou um blog, onde escrevia suas poesias e outras catarses. 

Não era exatamente bonita, mas tinha seu charme. Arrumou um namorado que cantava numa banda de rock gospel e em pouco tempo estava apaixonada. 

Foi morar com o segundo marido, que morreu dez anos depois. Tiveram um casamento muito conturbado, detalhes serão expostos num outro momento.

Já trabalhando como psicóloga, Cláudia tinha um salário bom, estava indo bem na época, mas acabou ficando depressiva e voltou para casa dos pais depois de não poder mais pagar aluguel, já que não queria fazer nada além de comer e dormir.

Veio a virada. Um amigo da época da escola começou a falar com ela pelo facebook e resolveram sair, ele era gay, conhecia muitas baladas loucas, e arrastava a mulher para vários rolês loucos.

Ela conheceu outro cara e dessa vez casou até no cartório. Mas um ano depois o maluco resolveu ir embora pra morar com um amigo, mas que na verdade não era só amigo dele, era o amigo dela que mencionei ali em cima, o do facebook.

Divorciada, ela voltou a trabalhar e caiu no álcool, drogas e sexo pervertido.

Então, com o contexto, sabemos que logo a heroína na poesia dramática estaria iniciando o projeto artístico inovador com seu ex-paciente, Pedro, em que a sua criatividade, enfim seria trabalhada.



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