O óbvio assassinado pela lógica incipiente

Curiosamente, nossa mente trabalha a favor de aprovações de preceitos que internalizamos, imersos a eles ou "maravilhosamente" originais, sem ação externa. Queremos provar que nossas crenças, peculiaridades e estilo de vida corroboram com a padronização de um meio ambiente mais saudável, ou até mesmo quando a expectativa é contrária à suposta evolução do ambiente, tentamos impor a nós mesmos ou outrem que o passo que nos tira da inércia, ou a própria imobilidade que quer mantê-la, faz-se necessário para que atinjamos prazer nas nossas vidas.
Para agradar a um grupo, e ter aceitação pela individualidade ou por não conseguir inferir que não a temos, usamos artifícios espelhados em semelhantes que agiram, na maioria das vezes, com mais violência dentro daquela ínfima parcela de pensamento a respeito de fatos do mundo.
Aceitar que precisamos rever nossa capacidade de "crer" não é de todo um ceticismo, a busca de provar o que vemos como certo é inteligentemente mais eficaz se abrimos brechas para aceitar as falhas de nossos experimentos e compará-los aos quais renegamos.
O bom e o mau fazem parte da eterna dicotomia universal, apareço aqui, portanto, com uma ideia empírica de que sim, estamos sob uma forte força da maioria, porém quando queremos ser diferentes em questões tão bem ajustadas à verdade comum, precisamos de humildade para avaliar muitas perspectivas e não fazer de nossas teses verdades absolutas que venham a ferir o senso lógico e propagar a ignorância.
Para mim a terra não é plana, até que haja provas tão indubitáveis quanto às das tese heliocêntrica. Enfim, não busco com esse exemplo vagar sobre essa nova febre de negação, mas refletir sobre como esse comportamento "incompreensível" de negar o óbvio, pode nos colocar em risco se não agirmos com paciente observação e busca por argumentos que nos fortaleçam em nossas idiossincrasias, sejam elas atípicas, contestadoras ou de rebanho.
C.F.

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