A vaquinha não foi à India, ainda.
Andava donzela pelo pasto de Auschwitz
À hora inesperada em que o som vira dor
Procurava com a amargura do cárcere
O sonho encantado do amor, ao longe ia...
Era vaca, era carne, alimento nazista
Sua ideia mudava nas batidas latidas
Incompreensível aos homens, rumina
Acabaria indo para India, livrar-se só.
Submersa no poço da psicose humana
Sem nome, sem chance, só esperança
Nenhum desenho fora feito para ela
Do elegante sonho restaram só versos
Passado próximo era prosa, Crianças!
Presente trágico nenhuma aliança
Futuro incógnito, sem lembranças...
E a vaquinha vai para: O Brejo!
Cristiane Felipe
#estediaagora
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