O que pode entrar pela racionalidade do pensamento filosófico

 O fim não tem tem garras curtas. A morte está ao redor, daquilo que finda dentro da própria vida, dentro de nós também. 

Já tive lutos reais, levados alguns seres amados. Ainda não tive cura para isso, inexorável é o lamento, as súplicas pelo futuro vivo, ou o passado recriado. "Momentum mori" (Marco Aurélio)

A perda do medo da existência terrena já completamente exaurida nas buscas. Estudando e compreendendo, apesar de não relacionar o mundo a esse aprendizado.

Pierret Hadot achava que a filosofia traria um meio de vida mais inerente ao entendimento sobre a participação mortal de nossa ideia. 

Sem apego à religião, não procuro a salvação em vida ou pós vida. Em virtude dos meus intelectuais movimentos, ainda prezo algo que aqui no agora tenha forma de verdade.

O amor da família, que se faz na ação, faz-me condenar o ímpeto da racionalidade de minha própria escolha.

Luc Ferry, dita que pela lucidez, podemos dentro da nossa finitude, ser consciente da morte como origem das angústias, as irreversíveis vivencias, não só o respirar! Epicurar a minha vida, preciso! Sem medo de fazer a carcaça aguentar o mal. Mesmo que as belezas do viver pareçam subalternas às dores. Nem metafísica, nem o mundo inalcançável de Platão, o aprendizado de esperar a morte sem ser tolo, sem esperar mais de nosso mundo ao redor. 

Só estou enraizar algum pensamento filosófico da capacidade de enraizar menos medos. Rosseau nos diz que certas coisas oferecidas a animais diferentes, podem eles perecer, seguindo a sua natureza. Mas nós temos a possibilidade de lutar sem a biologia indubitável a que alguns seres têm.

A nossa liberdade de agir além de nossa natureza, isso nos torna humanos, máquinas que correm atrás de fugir às regras e prejuízos. Nos excedemos pela vontade, pela liberdade que traz a antinatural capacidade de nos deixar perecer por escolha, nessa complexa arte de poder ser perfeito, mas somos tábulas rasas, não é mentira.

Preenchi meu vazio com a dor da existência de fatores que não pude conter. E ao pensar na catástrofe que se apresenta, preciso tornar a distinta capacidade humana de buscar a intelectividade propulsora de racionalizar até a dor mais forte e latente. 

Temos só a nós e o que podemos observar e tentar adquirir é o alicerce da razão, As angústias transbordando, as decepções corroendo, porém captar o que a humanidade dentro da filosofia, tem a mínima faísca que pode acender nossa real liberdade de existir, enquanto tratando nosso eu como uma mente que está num fluxo ativo e contínuo até se apagar.

O universo é mistério, somos parte dele, então misteriosos são nossas idiossincrasia. Aceitando ciência, pedindo e recebendo ajuda de nós mesmos, buscando entendimento, na ciência e na filosofia que foram tão trabalhadas para que pudéssemos refletir sobre a ética do "ser" e "agir" ...


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