Incipiente

 Aquele sorriso incolor de passagem cólume dizia pouco, ou quase nada sobre a verdadeira ausência de alma.

Mas as manhãs com sol se pondo, as palavras escutadas em um cômodo pequeno, as listras pintadas dividindo as fases, os vazios de ansiedade, enganaram a mente mais que "balzaquiada".

Rio transparente, montanhas neblinadas, dias na areia de uma praia... com quem estava?

Após sair do calabolso, em que presa junto a superlotação de interrogações impiodosas, cobri-me da liberdade de pensar e me desprender da insipida companhia. 

Rastejantes mentiras reverberam suas notas agudas em outras esquinas.

A raiva é mais de mim, não de você, isso ainda bem eu pude perceber, porque de ti nada brilhou em mim e fiquei no escuro por querer. 

Que o infinito interprete minha fala, apenas ele que é sábio e mantém inexorável minha leal vontade. 

Limpos os trilhos antigos, ímpios os meninos vazios, acabam se perdendo na estrada.

Eu, de pedra uma sina, carrego a bolsa de amanhã bem cheia das surpresas que ainda tocarão belas sinfonias, para uma casa fora da cadeia fria de valores sinuosos e invertidos.

A felicidade não é teu privilégio, incogniscivel ser ingrato! Já faz tempo que carrego meu fardo, e para tua alegria, nos meus planos, sua insignificância será mais um papel amassado e para o passado jogada. 

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