Um pensamento vazio
Virar a página do desejo, ser contestação
Soprar a chama dos apegos, só água fria,
Com um copo de líquido negro, paciência
Esperando as horas calmas com degustação.
Se o medo virou companhia no coração
Esqueço de desligar a luz, casa sombria
Os venenos estão erguidos, certa calmaria
Permaneço no rebuscado verso solidão.
São tetos de teias de aranha, pó no chão
Tudo que olho contrasta com esse dia
Escondo então de mim tudo que é vão.
Essa sucessão de imagens são consolação
Pois numa noite de pesadelos dor eu via
Talvez não a minha, mas fiz comparação.
"Se o medo virou companhia no coração"...
ResponderExcluirLindo, Cris!
Me encontro, e me perco nos seus versos!
Beijos de luz!
Belo soneto.
ResponderExcluirÓtimo fim de semana.
Beijos
isso, na forma...
ResponderExcluirfelicidades.
Não preciso saber o destino do poema
ResponderExcluirtodo destino tambem pode ser um livro
fechado, paciência, humano, até pode errar
aberto, que não se repita nem fique em branco
Não há fim em si, nem recomeço de coisa morna
não se arrisca, não sossega, queima sem queimadura
gozo com o êxtase de revistas, fetíches e adeus
só mesmo o gêlo, pode incendiar quem só se ama
Fazer do impossível uma possibilidade, droga leve
um café sem cigarros, aguardar o tempo morrer
refazer-se depois, seja breve, seja longo, diferente
feita semente, feita verdade, real, tudo ou nada
Bonito, Cristiane, um quase medo, uma quase dor...um soneto belo. Beijo.
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