Soneto da cagada matinal

Nas manhãs sentada no banheiro 
Cansada de toda gente rica 
Que nas telas falsas me conquista
Plenamente feliz sem dinheiro

Tudo que desejei, pelo bueiro
Entrou um dia em mim, mas não fica
As falácias que vêm do estrangeiro
Foto arrastada que os dedos clica 

Esvazio a mente na meditação
Quase fisiológica rotina
Sem o barulho ouço uma canção

Vejo o meu corpo numa piscina
Faz parte de toda a criação
Pela imagem feita que fascina


#estediaagora


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