Fim de domingo
Misturados o suor e arrependimento num domingo de janeiro. Andam solitários aqueles que escolheram ver a semana morrer num belo anoitecer, cada um no seu mundo a seu modo, dividindo a ausência com uma plateia distante e lotada, fantasmas com círculos vermelhos.
Deprimente, linda, vazia e transbordada hora dourada.
O céu assiste aos passeios, às saudades, aos reflexos fotografados.
Competem silenciosamente com a premissa da escolha, porque amanhã têm seus projetos, sucessos, egoísmos bem planejados.
Daqui a pouco ligam suas séries, enganam-se a si mesmos, dormem na mentira da autossuficiência.
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