Amor é banho demorado

 E para ser altamente, indiscutivelmente, clichê... amor!

Não o amor de varanda, de lua cheia e aliança de noivado

Transcendência da consciência, existência que corta a dor

Que mundo é este? Que dentro da cápsula sou o observado?

Onde as lágrimas correm frente ao mais incoerente redentor

O amor com o qual quero ser banhada com perene agrado

Sob a água fria, desse primeiro desatino de virgem trovador

Paulatinamente a água esquenta, seu tempo, no apaixonado

Até que me queime, lancinante o desejo e o seu torpor 

Torne-se assim confortável e relaxante o banho demorado

Na metáfora, pela água de Eros derramada, lê-se o sonhador. 

No entanto, uso a toalha logo que o banho se encerra...

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