Segredos guardados no peito esquerdo

 Por um papel, ou pela tela, telefone ou por sussurro de espíritos, uma hora eu teria que saber.

Escondendo a verdade de mim apenas, pois tal ponto, agarrado no meu peito outrora tão firme, não tinha muito a se desenvolver, além do que há quase dois anos já tinha notícia.

O tempo tem sido bom, senão sádico comigo, fazendo-me que a cada novo dia "normal" em que acordo eu veja a realidade através de um filtro de contentamento.

E Ela, vem silenciosa, ironizando todos meus fracassos, sendo gentil não causando tanta dor física, mas hoje, enfim hoje, um soco mais forte no meu peito... 

E na literalidade das poucas investidas que foram dadas até aqui, chego a um ponto em que escolhas são necessárias, e odeio escolher!

Embora já tendo escolhido algumas vezes a favor dela, agora me vejo intransigente, não aceitando os convites antes negados.

Estou completamente voltada para uma saída, ando agora entre frases que escondem as feridas, conotam firmeza e devem ser as mais bem ouvidas. Inegável que agradar aos outros é uma forma de se agradar, portanto desnecessário é firmar um contrato com a despedida.

Escrevendo, talvez eu vá me direcionando à paz, consciente e ao mesmo tempo distraída sobre a certeza de que sou dona do meu templo.

Ninguém vai perder, eu garanto. Estamos evoluindo e me orgulho até mesmo do meu solitário pranto. As palavras de agora serão um dia só um cheiro de minha história fragrante em  um breve espaço de algum desatento leitor em velhas plataformas. Ainda assim, escolho ficar inerte perante a luta, inexoravelmente perdida, sendo mais forte que ela, porém tão improvável como a vida.

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