Projetos e bases, análises da destruição

Nego que o medo existe pelo próprio medo de ter o medo. Já ouvi muito isso numa canção, daquelas que estão sempre nas ondas que me movem.  
Destruir as bases achando que reconstruir será menos árduo, embora juntar todo o entulho faz adiar ainda mais o trabalho de reerguer o edifício. 
Não chegar ao topo evita uma hipotética queda, apenas olhar para cima e imaginar o quão libertador é estar sobre o passado é em si uma sensação de cura. 
Alguns ecos do que digo fazem tempestades rápidas, entretanto só me preocupo com as minhas perdas. 
Assim como escrevo tudo isso para mim mesma, vivo olhando apenas para o abismo dentro de mim, quanta distância há entre sentir e pensar que sinto? 
A guerra iniciada no outro hemisfério, assustando o mundo, diz mais sobre o fim do que a invenção de morte que as minhas palavras perpetuam. 
Enquanto não construo, projeto, sem considerar as condições do terreno, que ainda não tem localização definida. 

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