A voz fantasma de domingo
Meu nome rompeu o silêncio da manhã
Grito que matou falsa paz como um tiro
A arma capaz de usar análoga munição
Após tantas batalhas de longa guerra vã
Inimiga e aliada, foi defesa e desespero
Como último ato , acertou meu coração
Em minhas mãos, na tarde sem amanhã
Morreu matando, atroz o ato derradeiro
Mesmo sangrando ainda não tive opção
Naquele enterro, fui esposa, mãe e irmã
A morte, fim de tudo, sentia pelo cheiro
Hoje, me vi julgada à outra condenação
Pois, mesmo vista como forte
Pois, mesmo sofrendo o corte
Uns me veem desleal
Apesar de todo o mal
Fui acordada, mas não estava dormindo
Pela voz que já estava quase silenciada
Uma certeza em mim foi reverberando
De que vivi até aqui mesmo condenada
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