E vou indo...
Em tempos de bloqueios e ataques, por todos hemisférios, por todas áreas do cérebro, por todos os anos do passado, em dúvida sobre ter a certeza, aquela que sempre tem a verdade.
É uma data, um recado, uma revolta e reviravolta. A falta é o estímulo, estou morrendo agora e já morri várias vezes, talvez agora seja outra partida.
Todas vezes que morri o mundo continuou sem mim, eu em outros em que ainda me tinha para carregar. Queria enxergar aquelas tardes que se deram quando parti, quem chorou ou riu por mim.
Se este for meu último texto? Para quem eu digo que tenho o que mereço?
Pedir perdão nas cartas rasgadas era necessário, mas não é agora.
Tornei a sala cinza, meu sepulcro diário, com as despedidas silenciosas e as súplicas indesejáveis. Se for nesta madrugada que meu coração, que tanto chora, para?
Alguém vai entender o que eu fui, vai lembrar das cartas que escrevi, das dedicatórias em livros espalhados por aí?
Agora toca a música que me inspirou a escrever na parede a maior verdade que concebo, que onde você investe seu amor você investe sua vida. Não interessa a você, não é? Não venha aqui em busca de racionais mensagens eloquentes.
Investi tudo aqui, nessa casa, alma! Ali, por todo canto...
E se deixar a água cair sobre mim não for suficiente para fazer meu coração parar de bater tão acelerado? Tudo dói, eu tenho a morte em vários níveis...
Para quem pedir ajuda? Seria prudente e faria diferença?
Quem está sentindo a morte faz tantas perguntas? Ainda mais não acreditando que elas possam ser respondidas depois de parar de respirar um corpo tão incauto...
Se eu for, isso aqui diz tudo.
Amei e odiei o mundo.
Se eu não for, amanhã é mais um dia de absurdo.
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