A mais ou a menos, um dia.
Quando procurei pelas horas vi 03:03.
Já ouvira que era a hora dos mortos, por coincidência estava assistindo ao filme "Madrugada dos Mortos". Não foi despertador para medo, mas para necessidade de de dormir.
Tentei. Sonhei que estava tão bonita, trocava de roupa usando a mesma roupa de lados diferentes. Era um casamento, só via a fila de convidados.
Acordei com pouco sol ainda, um breve cochilo. Alimentei meus filhotes e voltei pra cama ouvindo os miados chorosos de um deles.
Novamente, talvez, desperta, olho no celular e são 13h. Penso ser segunda, tenho uma consulta, bate um desespero. Meu pai, que é anjo, mandando mensagem perguntando se eu já tinha almoçado. Falei da consulta, mas ele me aliviou dizendo ser domingo.
Dor de garganta, corpo ruim. No braço era pra ter escrito AMOR, meu pai viu ao trazer o rango que escrevi ADOR, não soube explicar pra ele.
Comi feliz aquele alimento cheio de carinho. O silêncio rodeia a casa, meus pensamentos são meus inimigos. Hoje até que lentos.
Paro para escrever porque não tenho a solidão ainda plena. Então palavras me fazem uma espécie de pretensa companhia.
Domingo, nunca foi dia de total eclipse de alegria, mas a tarde tem um clima bom, luz boa. Uma gata de olhos azuis me chama no quintal. Estou bem arranhada da luta que tive há algumas horas para dar remédio para meu tigrinho.
Sinto faltas, dores, cansaços, esquecimentos.
Ainda aguento. A fita está rebobinando para épocas parecidas de aflição. Uma hora termina o processo e a alegria da infância pode invadir a mente, nem que seja num sono, sonho, história escrita para outras pessoas ou seres viventes.
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