O que elas teriam em comum?

Ou nas banheiras, ou nos copos cheios de uma dose letal que afundaram seus sonhos, ou em seringas, ou comprimidos que serviriam para lhes fecharem os olhos em noites em que o sono insistia se afastar.
Brilhos, filmes, discos lançados, livros escritos, belezas usadas, imagens descartadas, sentimentos dissipados. 
Umas 27, Janis, Amy, Marilyn, na tal maldição. Sempre com seus solitários luxuosos quartos e suas seringas, medicamentos para acalmar aquelas dores impostas! Só elas saberiam dizer de suas dores.
Outras passando essa juventude, mas conservando as mesmas doentes mentes, vícios, parceiros, indústrias, sociedade. Épocas distintas, numa mesma era de egoísmo e arrogante misoginia. 
Foram Jean, Judy, Whitney, Dolores, Virgínia ... ah... Virgínia, que coragem! Sua incansável e conhecida paixão pela morte. Procurando cura, se curou pela própria morte.
Eram narcisistas, egoístas, parasitas?
Sob água, sob dor, iam suas vidas ao vivo. Muito viram antes dos fins. Mas nada fizeram.
Mais fácil julgar depois que a atitude fora tomada, e quanto tempo se leva até essa decisão, só o condenado sabe a angústia de cada minuto.
Mulheres, destinos, marcas de artistas. Ainda as ouvimos, lemos, as assistimos. 
Eu as respeito.

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