Dar palavras por amor

Para que qualquer menina, porteiro, contador ou professora sorria
Palavras que venham de lugares conhecidos, de real fé e alegrias
Que a poesia arranque os cadeados dos livros que só um rei leria 
Atravesse as pontes de tábua que cobrem águas turvas nas aldeais
Pois a palavra deve ser comida para quem tem fome de galáxias 
Não apenas recheio fino de doces saboreados em tardes da burguesia
Dança, beijo, amor aceito, perdoar o que a morte leva, anestesias
Um padeiro faz seu pão e quem come sente a metáfora, fantasia!
Deito-me nas letras e sonho em como oferecer pronta uma receita
Que o padre ou pastor, a dama ou o namorado, saibam dizer poesia

Talvez seja essa a única riqueza que acumulo e na loucura, divida.

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