Soneto sem açúcar
Quem me dera vir à boca apimentada
Palavra doce substituindo velha fala
Consertar erro brusco, letra que resvala
Magou-me não saber versar cobla rimada
Os velhos talvez fizeram poesia cantada
Que de consoante e dor puderam fitá-la
Atravessaram anos e trevas sem mudá-la
Ainda não contemplo em mim tal retomada
Os sonhos fazem buscar ritmo na calçada
Fiz música falando deles chamada cilada
Era música sem efeito, por mim cantarolada
Versos são pra mim hoje, estima derrubada
Por ondas modernas inevitáveis, jogada
À razão, não atribuo donos, fico controlada
Palavra doce substituindo velha fala
Consertar erro brusco, letra que resvala
Magou-me não saber versar cobla rimada
Os velhos talvez fizeram poesia cantada
Que de consoante e dor puderam fitá-la
Atravessaram anos e trevas sem mudá-la
Ainda não contemplo em mim tal retomada
Os sonhos fazem buscar ritmo na calçada
Fiz música falando deles chamada cilada
Era música sem efeito, por mim cantarolada
Versos são pra mim hoje, estima derrubada
Por ondas modernas inevitáveis, jogada
À razão, não atribuo donos, fico controlada
belo poema
ResponderExcluirestavas muito inspirada
sao momentos sei...
abraços bom fim de semana
braulio...
ei, a concorrência está aumentando...
ResponderExcluirgostei, cristiane.
sem açúcar? mas cheguei a sentir o docinho...
hoje é dia nacional da poesia - 14 de março.
homenagearam a florbela espanca em http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com/
você utilizou a rebeldia das palavras mas não descartou a forma do lirismo romântico :uma contradição de si mesma.
ResponderExcluirótima jogada! gostei muito.
saludos pra ti.
Anita.
Um soneto que expressa a inquietação sobre a criação poética. Muito bom.O Bardo que se cuide.
ResponderExcluirObrigada pelos comentários...
ResponderExcluirSenti-me lisongeada.